Um estranho emaranhado de raízes
entranhado e entrelaçado na terra
foi o amor que eu senti por você
no solo, antes estéril, do meu peito.
Como te amar me entristecia mais e mais,
tive que me afastar de você:
pensei que a raiz secaria
se eu cortasse o tronco rente ao chão.
Porém, a raiz não secou:
novamente a árvore floresceu:
passei a sofrer pela sua ausência.
E assim foi preciso retirar até a raiz
do bocado de terra que enchia
este vaso tão minúsculo.
Mas nisso revirei e destruí meu solo,
tanto que até o vaso se quebrou.