Aqui no Instituto de Psicologia tudo pode acontecer, todas as coisas são possíveis. Eu estava no banheiro amaradão mijando em um dos mictórios, feliz porque não tinha ninguém lá pra me dar aquela sensação do “Estão espionando o seu pau”, quando de repente entra uma garota. Ela branca ficou vermelha!!! E a urina me sumiu da bexiga. Pronto! Fez-se o primeiro constrangimento do dia. Depois disso eu tava novamente animado, devido a conversas empolgantes sobre militância, psicologia, cinema, literatura e Tim Maia. Lá estava eu matando aula quando uma menina da minha turma me avisa que era o dia do meu grupo apresentar trabalho, o que eu havia esquecido assim como todos os outros integrantes. Aí eu tive que implorar uma outra data para apresentar, já que ninguém do meu grupo estava presente. A professora até concordou, mas fez-se o segundo constrangimento do mesmo dia. Travei um imenso esforço intelectual na busca pelo esquecimento de tudo isso. Então, divaguei pensando no sorriso de Tereza. Ah... quê coisa deliciosa é vê-la alegre!!! Quase um mês fiquei sem falar com ela, tentando deixar de ser apaixonado por ela, e infelizmente ela nem percebeu que era por isso. Então, consegui vê-la de novo e todo encanto do mundo me abraçou. E assim sonhando me encaminhei para a próxima aula, que é a do cara que eu quero que seja meu orientador. Motivado pelo debate que tava rolando, resolvi falar. Aí, eu, acostumado a falar em público, que sempre falo na frente de qualquer um, eu gaguejei. E para completar meu terceiro constrangimento do dia: o professor pediu que eu repetisse porque me engasguei tanto que ele não entendeu nada do que eu disse. Olha, hoje, literalmente, não estou me reconhecendo, muito menos reconhecendo as outras coisas. Será que já enlouqueci.
Rio, 03/Junho/2008.
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